Mulher da Máfia fez assalto em "férias"
Uma das principais arguidas do processo conhecido como "Máfia de Leste" explicou ontem em tribunal que o facto de ter sido apanhada em flagrante num assalto a uma casa no Porto deveu-se unicamente à circunstância de ter ficado sem dinheiro, após um período de "férias" em casa de uma tia na Costa da Caparica.
Naquele assalto, a par da suspeita, de 18 anos, presumivelmente de nacionalidade croata e que usa "Manuela Tomas" como um dos seus nomes, foram também apanhadas outras jovens, indicadas como "primas".
A arguida, presa a par de mais quatro mulheres e dois homens (líderes da rede), disse ainda aos juízes das Varas Criminais do Porto que não conhecia os demais acusados, antes de ser presa. Na sessão de ontem, depôs Santos Pereira, agente da PSP titular da investigação ao grupo nómada acusado de ter efectuado 239 assaltos em residências por todo o país. Confirmou que o objectivo eram peças em ouro e dinheiro e que o grupo coagia as "operacionais" à prática de crimes.
O investigador relatou, até, o caso de uma jovem que lhe revelou isso mesmo: se não efectuasse assaltos conforme lhe ordenavam era agredida e não lhe davam de comer. O facto de a mesma operacional ter sido duas vezes detida e, na segunda ocasião, terem sido detectados hematomas no seu corpo, reforçou a convicção dos polícias. O julgamento prossegue hoje, com a inquirição de mais agentes da PSP.
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