Máfia de Leste vai a tribunal em Setembro
Os 21 elementos da rede de Leste acusada de mais de 200 assaltos a casas em Portugal deverão começar a ser julgados no dia 13 de Setembro. Foi esta a data agendada pela 2ª Vara Criminal do Tribunal de S. João Novo, no Porto. Os suspeitos são originários de países da antiga Jugoslávia e terão provocado prejuízos na ordem dos 6,4 milhões de euros, de Norte a Sul do país, nos anos de 2008 e 2009, segundo apurou a Divisão de Investigação Criminal da PSP do Porto, que desmantelou a organização em Março do ano passado, na "Operação Anzol". São imputados ao grupo um total de 239 assaltos (218 crimes de furto qualificado; 17 de furto qualificado na forma de tentada e quatro de furto simples); além de associação criminosa; 43 crimes de falsificação de documentos e 15 de falsas declarações, entre outros. Alguns dos acusados pediram instrução, mas não houve alterações substanciais à acusação. Para já, é uma incógnita o número de arguidos que estará presente no julgamento. É que apenas seis estão em em prisão preventiva, uma vez que os restantes foram colocados em liberdade, após primeiro interrogatório judicial, e o apuramento do seu paradeiro poderá ser um sério problema para as autoridades. Trata-se de indivíduos que deambulam pela Europa em rulotes, usam identidades falsas e indicaram parques de campismo como local de residência. Em tribunal serão ouvidas centenas de testemunhas, sobretudo vítimas dos assaltos. Muitas irão depôr por videoconferência, por residirem a vários quilómetros de distância (há lesados até ao Algarve). Já foram requisitados dois tradutores para os arguidos. A rede, com ramificações a Espanha, Itália e outros países, usava mulheres e crianças como operacionais. Entravam nas casas de dia, por arrombamento, e furtavam ouro, jóias e dinheiro.
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