Judiciária desfaz máfia chinesa

Vinha com frequência a Vila do Conde com um único objectivo, manter o domínio sobre os comerciantes chineses que ocupam a zona industrial da Varziela. Ao estilo da tríade chinesa, intimidava, coagia e extorquia as vítimas, usando armas. E chegou a fazer disparos no interior do armazém de um comerciante, por três vezes nos últimos dois anos.

A PJ do Porto deteve o cidadão chinês, indiciado por três crimes de tentativa de homicídio, na ‘Operação Oriente', que levou ainda à detenção de outros cinco homens da mesma nacionalidade, por extorsão, posse de armas ilegais, tráfico de droga, branqueamento de capitais e jogo ilícito, entre outros crimes.

O líder do grupo, enviado pelo líder da máfia, na China, é tido como muito violento e estava na posse de diversos passaportes contendo várias identidades.

Ontem, os seis arguidos foram presentes ao tribunal de Vila do Conde, tendo ficado em prisão preventiva.

Na megaoperação que envolveu dezenas de inspectores, foram apreendidas duas pistolas 6.35 mm, que as autoridades suspeitam que tenham sido usadas nas tentativas de homicídio. Outros dois homens de nacionalidade chinesa foram identificados por permanência ilegal em Portugal e presentes ontem ao Tribunal da Póvoa de Varzim. Além das armas, a PJ apreendeu três sabres, 15 navalhas, 9 matracas, gorros de passa-montanha, perto de cem mil euros, ouro, droga sintética e dinheiro de diversos países.