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Cosa Nostra americana

15-08-2010 23:28

A Cosa Nostra americana ficou organizada como a sua matriz siciliana em relação à sua estrutura interna e formal dos grupos.

A pirâmide hierárquica inicia-se com os "soldati" (soldados), homens protegidos pela Família e que devem total devoção aos seus superiores, nunca podendo contestar uma ordem dada; nas ruas, são amplamente respeitados pela comunidade e pelos criminosos (são quase "intocáveis"), e apenas podem ser mortos com uma ordem do próprio chefão.

Acima dos soldados estão seus chefes diretos, os "caporegimes", "capos" ou capitães, que chefiam um determinado número de soldados e um pequeno território sob influência da Família e eles têm como principal objetivo gerenciar negócios da organização ou criar novos negócios (nada impede que os soldados também gerenciem e formem novos negócios).

Acima dos capitães estão duas figuras auxiliares do chefão: o "sottocapo" (ou "subchefe") e o "consigliere" (ou "conselheiro"):

* O subchefe, ou segundo-em-comando, é o assistente direito do chefão, tendo como principal função chefiar no lugar do chefe quando este estiver impossibilitado (por fuga, prisão ou enfermidade) além de chefiar um determinado número de "caporegimes" (no caso de grandes Famílias, como a Gambino, que tinha vários membros e capitães, havia até dois subchefes para supervisionarem um determinado número de capitães), o cargo também lhe permitia chefiar alguns soldados diretamente (podendo ser a sua antiga equipe ou apenas homens de sua interia confiança).
* O "consigliere" era uma figura que, dependendo da Família, podia ser mais ou menos importante que o subchefe, ou de igual valor, cuja função era, obviamente, aconselhar o chefe nas decisões, resolver conflitos internos, dar notícias dos acontecimentos internos da organização para o chefe, e contabilizar todos os lucros e relatar ao chefe, o "consigliere" raramente tem soldados a seu dispor e nunca é mais de um.

Por fim, no topo está o chefão, o "capomandamento", o "capofamiglia" ou o "Don" da organização, considerado o todo-poderoso por todos os membros, o chefe só podia ser morto com autorização da Comissão.

O fundamento do poder da organização mafiosa vem da proteção a todos os seus membros ("mexeu um, mexeu com todos") e do repasse de lucros, desde o soldado, que repassa parte dos seus lucros de seus próprios negócios para o "capo", que por sua vez repassa uma porcentagem ao chefe. O chefe, então, fica com boa parte dos lucros e divide o restante para seu subchefe e para seu "consigliere". Isto mostra vantagem de ser um subchefe ou conselheiro, pois não necessitam "suar" para obter dinheiro.

Na modernidade, os membros chamam de "administração" a chefia da organização formada pelo Don, pelo Subchefe e pelo Consigliere, e às vezes por um "Capitão-Mor", isto é, um capitão que tem total confiança do chefe e executa suas ordens (não é um cargo oficial).

Em algumas Famílias, como a Bonanno de Nova York, o "consigliere" não é escolhido pelo Don mas pelos capitães para que ele os represente na "administração", fiscalizando as decisões do chefe, isto surgiu após uma crise interna dentro da Família Bonanno entre as décadas de 1950 e 1960 que deu origem a facções dissidentes.

Alguns termos dos mafiosos ítalo-americanos são uma mistura de tradição e modernidade:

* "button men" (homens de botão) era um termo que designava um mafioso, pois, de origem siciliana, aqueles que usavam roupas formais com botões era algum pertencente à alta classe da sociedade;
* "made man" (homem feito) é alguém que foi feito por si próprio, entrando na Cosa Nostra por mérito próprio, pois "fez seus ossos", este termo designa aquele que já matou em nome da organização, e geralmente é o primeiro requisito para "ser feito";
* "abrir os livros" é quando o chefe da Família decide iniciar novos membros;
* "iniciação" é o ritual de passagem, onde os mafiosos consideram que o bandido comum (apenas um civil criminoso) tornar-se um "homem honrado", "homem de respeito", alguém que está acima da sociedade e de suas leis;
* "associado" é quem os sicilianos chamam de "picciotto" (pequenino), alguém ligado de alguma forma à Família, mas que não pertence a ela, podendo ou ser um "aprendiz" (no caso de ítalo-americanos) ou um "conectado", um não-italiano (muitas vezes judeus) protegido por alguém da organização, fazendo serviços para ele ou com ele;
* "wiseguy" ("espertalhão"), é um dos mais recentes termos e refere-se a qualquer pessoa iniciada na Máfia.

 

American Mafia (La Cosa Nostra) Structure:

Boss – The head of the family, usually reigning as a dictator, sometimes called the don or “godfather”. The Boss receives a cut of every operation taken on by every member of his family. Depending on the Family, the Boss may be chosen by a vote from the Caporegimes of the family. In the event of a tie, the Underboss must vote. In the past, all the members of a Family voted on the Boss, but by the late 1950s, any gathering such as that attracted too much attention.

Underboss – The Underboss, usually appointed by the Boss, is the second in command of the family. The Underboss is in charge of all of the Capos, who is controlled by the Boss. The Underboss is usually first in line to become Acting Boss if the Boss is imprisoned or dies.

Consigliere – Consigliere is an advisor to the family. They are often low profile gangsters that can be trusted. They are used as a mediator of disputes or representatives or aids in meetings with other Families. They often keep the Family looking as legitimate as possible, and are, themselves, legitimate apart from some minor gambling or loan sharking. Often Consiglieres are lawyers or stock brokers, are trusted and have a close friendship or relationship with the Don. They usually do not have crew of their own, but still wield great power in the Family. They are also often the liaison between the Don and important ‘bought’ figures, such as politicians or Judges.

Caporegime (or Capo)- A Capo (sometimes called a Captain) is in charge of a crew. There are usually four to six crews in each family, possibly even seven to nine crews, each one consisting of up to ten Soldiers. Capos run their own small family, but must follow the limitations and guidelines created by the Boss, as well as pay him his cut of their profits. Capos are nominated by the Underboss, but typically chosen by the Boss himself.

Soldier – Soldiers are members of the family, and can only be of Italian background. Soldiers start as Associates that have proven themselves. When the books are open, meaning that there is an open spot in the family, a Capo (or several Capos) may recommend an up-and-coming Associate to be a new member. In the case that there is only one slot and multiple recommendations, the Boss will decide. The new member usually becomes part of the Capo’s crew that recommended him.

Associate - An Associate is not a member of the mob, and an Associate’s role is more similar to that of an errand boy. They are usually a go-between or sometimes deal in drugs to keep the heat off the actual members. In other cases, an associate might be a corrupt labor union delegate or businessman.[19] Non-Italians will never go any further than this.

Most recently there have been two new positions in the family leadership, the family messenger and Street Boss. These positions were created by former Genovese leader Vincent Gigante.

Italian/Sicilian Mafia Structure

Capofamiglia – (Don)
Consigliere - (Counselor/Advisor)
Sotto Capo – (Underboss)
Capodecina - (Group Boss/Capo)
Uomini D’onore – (”Men of Honor”)

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