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Base da máfia atacada pela PJ

23-10-2010 00:00

Base da máfia atacada pela PJ

 

Giovanni Lore à entrada do tribunal

Desde o início do ano que a Polícia Judiciária (PJ) estava atenta aos passos dados por Giovanni Lore em território nacional. O italiano, considerado chefe de uma célula de um grupo mafioso siciliano foi detido ontem, quinta-feira, numa vivenda no Bombarral, com três compatriotas.

Na operação desencadeada ao início da manhã de ontem, após quatro meses de investigação, a PJ de Leiria deteve ainda uma cidadã brasileira, suposta namorada de Giovanni, que residia na aldeia do Cintrão, Bombarral. Durante a tarde do mesmo dia, foram detidos dois portugueses, um em Torres Novas e outro em Santarém. Giovanni Lori era alvo de um mandado de detenção europeu, depois de ter escapado a uma operação policial em Itália.

Lore fugiu de Espanha

Giovanni Lore já tinha sido perseguido em Espanha, no ano passado depois de ter sido identificado no último Inverno, em Vigo. Está ligado a tráfico de droga, armas, exploração da prostituição e branqueamento de capitais.

O italiano, de 45 anos, era considerado perigoso e normalmente andava armado. Em Vigo, antes de ser alvo de um mandado de detenção internacional, chegou a ser interceptado por uma patrulha policial, estando na posse de uma grande quantidade de dinheiro, que justificou na altura como sendo proveniente de uma empresa de exportação de pescado, que dirigia. Na altura, seguiu em liberdade e nunca mais foi visto.

 
 
Base da máfia atacada pela PJ
Giovanni Lore
 

 

 

 

 

 

 

 O suspeito foi detido pela Polícia Judiciária de Leiria, no âmbito de uma operação policial contra um grupo criminoso internacional que operava na região centro do país.

Numa operação desencadeada em várias localidades, nomeadamente no Bombarral, a PJ efectuou várias buscas domiciliárias, nas quais apreendeu "diversos veículos, vários computadores e pens, muita documentação comercial, carimbos, sobre firmas clonadas para concretização dos desígnios criminosos e uma arma de fogo, entre outros materiais e documentos", refere um comunicado da Polícia.

Em causa estarão "crimes de burla qualificada, furto e viciação de veículos, receptação, associação criminosa e branqueamento de capitais".

"Um dos detidos, de nacionalidade italiana, tem pendente um mandado de detenção europeu por estar ligado à máfia siciliana, fazendo parte de um grupo de cerca de trinta pessoas que foram presas na Sicília, no final do ano passado e principio do corrente ano", diz ainda o comunicado.

Os seis homens detidos pela Polícia Judiciária de Leiria no processo "Máfia do Oeste", entre eles o italiano Giovanni Lore, já foram presentes ao Tribunal de Leiria, mas a sessão foi suspensa devido a uma questão técnica.

Um dos advogados alegou que aquele tribunal não seria competente para analisar este caso. Os procedimentos serão retomados amanhã, sábado, às 13.30 horas.

A namorada de Lori, alegadamente membro da máfia siciliana detido no Bombarral, já foi ouvida como testemunha no Tribunal de Leiria e foi libertada. Trata-se de uma cidadã brasileira, em situação ilegal em Portugal, que foi detida na operação da Polícia Judiciária (PJ), que "apanhou" sete pessoas. Na próxima segunda-feira, regressa a tribunal para ser decidida a eventual expulsão do país.

Os arguidos, dois portugueses, quatro italianos e uma brasileira, têm 25, 28, 33, 41, 45, 47 e 50 anos de idade.

Máfia familiar dissidente da "Cosa Nostra"

Em Novembro do ano passado, a Polícia italiana deteve de uma assentada, na zona de Palermo, mais de 30 elementos da "Stidda" (estrela, em dialecto siciliano) um ramo dissidente da famosa "Cosa Nostra" de que Giovanni Lore fará parte. A operação foi baptizada de "Family Market" (mercado familiar), numa alusão à forma de actuação da organização, assente em duas famílias e dedicada sobretudo ao tráfico de drogas a uma escala localizada. Longe da dimensão da Cosa Nostra, com ocasionalmente expostas ligações a nível político e às altas esferas económicas. A Stidda, que nasceu há cerca de 20 anos, junta ainda aos seus interesses a prostituição, o tráfico de armas, o branqueamento e a organização de grupos de assaltantes. Tem estado a alargar a sua área de influência dentro da Itália e, a avaliar pelos casos dos últimos anos, a internacionalizar-se.

 

 

Comentários:

Data: 24-10-2010

De: canino

Assunto: humm

acho que sim